sexta-feira, 8 de julho de 2011

Pastor Presidente Mundial dos Adventistas faz um ano que assumiu a presidencia.

Completa-se esta semana um ano desde que o Pr. Ted Wilson assumiu a presidência mundial da Igreja Adventista do Sétimo Dia. É portanto uma boa ocasião para olhar para trás e procurar perceber quais foram as suas principais linhas de orientação, até para anteciparmos um pouco o que poderão vir a ser os próximos quatro anos.

O primeiro ponto marcante foi mesmo o seu sermão inaugural, proferido no último dia da 59ª Sessão Administrativa da Conferência Geral que decorreu em Atlanta, EUA. Ainda mal ele tinha terminado, já eu recebia telefonemas e outros contatos de irmãos de várias partes, fascinados com aquela pregação. Logo aí ficou claramente definida a visão do Pr. Wilson para este movimento: a Bíblia como autoridade máxima, os escritos do Espírito de Profecia como testemunho indispensável para a igreja, a defesa intransigente de um desígnio inteligente na Criação que demorou sete dias literais de 24 horas cada, tudo isto misturado a uma maior ênfase na nossa mensagem específica para os últimos dias deste mundo.

Percebi que era sua intenção romper com algum facilitismo que parecia estar a querer impor-se na nossa igreja. Talvez mais entre os membros das nações ocidentais, havia (e creio que ainda há...) uma prática diária que tendia a fugir da nossa própria essência e razão de existir. E sendo que tudo isto acontece lenta e progressivamente, arriscávamos um amolecimento demasiado perigoso. Pois entendi que o novo presidente quis desde logo reverter o processo e... voltar às origens.

Durante estes doze meses, a nível pessoal, o Pr. Wilson teve de despedir-se temporariamente dos seus pais. Primeiro o pai depois a mãe, ambos partiram para o pó da terra, onde aguardam em sono profundo a volta de Jesus. Além da pressão inerente ao exercício da função que ocupa, creio que estes acontecimentos, em vez de o abaterem, foram usados por Deus para lhe confirmar a urgência da nossa missão e do trabalho que lhe é proposto como dirigente máximo da Igreja.

Um ponto importante foi assumir desde logo o papel e relevância deste movimento na conclusão da história terrestre. Ao fazê-lo, reconheceu-se implicitamente que tínhamos vindo a perder alguma dessa dinâmica, arrastando-nos numa simples gestão corrente que nunca produz algo de eficaz. Por essa razão tocou várias vezes no derramamento do Espírito de Deus sobre nós, capacitando-nos para a obra final. A criação de uma comissão de reavivamento e reforma foi disso prova.

As suas várias presenças nas convenções da ASI e do GYC, grupos que incentivam e promovem uma prática na qual o Pr. Wilson se revê, são apenas evidências claras de que ele não é propriamente um apoiante das novas vagas de adventismo que fazem resvalar a nossa própria identidade para algo que nos aproxima dos outros em vez de nos distinguir.

A este propósito, não posso deixar de referir que as reservas, e até mesmo a crítica destrutiva, com as quais as suas primeiras intervenções foram analisadas pelos adventistas de prática pós-modernista, são apenas e só uma demonstração daquilo que a irmã White referiu em Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 122: "temos muito mais a temer de dentro do que de fora. Os obstáculos à força e ao êxito são muito maiores da parte da própria igreja do que do mundo". Até porque, rapidamente as ideias do Pr. Wilson foram sendo absorvidas com alegria uma pouco por todo o lado.

Não é surpresa alguma que vivemos tempos críticos que exigem uma Igreja adventista atuante naquilo em que ela se destaca e distingue de todos os outros movimentos. Para isso, creio que os homens deixaram que Deus colocasse a dirigir a nossa igreja alguém que não tem receio de ser Adventista do Sétimo Dia, que assume tudo quanto isso implica e não se deixa esmorecer pelas circunstâncias. Alguém que segue em frente com a nossa missão não afrouxando discursos, pelo contrário evidenciando com cada vez mais intensidade as verdades solenes que devemos proclamar a um mundo em vias de extinção, tal e qual Deus nos ordena fazer.

E é justamente deste tipo de liderança que precisamos. Por isso, creio que o Pr. Wilson foi uma das maiores bênçãos que Deus nos concedeu nos últimos tempos.

Saibamos nós como membros e os que o rodeiam como seus colaboradores, ajudar o nosso presidente a avançar com esta visão e dinâmica, numa obra que não é nossa mas de Deus.

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