segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Unidos na Proclamação - Evangelismo Integrado

Nossos movimentos de evangelismo integrado estão consolidando a unidade, destacando nossa identidade de portadores de esperança, integrando todas as áreas da igreja no cumprimento da missão e levando-a a ousar mais pelo poder do Espírito Santo.
Cada um dos projetos realizados tem três características básicas: simplicidade, relevância e ousadia. Mas, para que possam continuar a se fortalecerem, precisamos da união de todos. Não podemos dividir forças, estratégias nem prioridades. Devemos multiplicar criatividade, gerando ações de apoio. Quando isso acontece, o projeto deixa de ser geral e passa a ser pessoal, potencializando seus resultados.

Você pode ter planos diferentes do grande movimento da igreja, mas, se agir solitário, vai acabar se enfraquecendo como a brasa longe da fogueira. Boas iniciativas, porém isoladas e independentes, acabam não se tornando relevantes, impactantes nem abrangentes. Têm pouco efeito. Precisamos dar as mãos e unir forças para realizar grandes coisas para Deus e esperar grandes coisas dEle. Precisamos avançar juntos. Precisamos nos unir na Terra para podermos chegar juntos ao Céu.

A esperança da vinda de Cristo é o motivo de todos os nossos projetos de evangelismo integrado. Por isso, esta edição de Ministério amplia, fortalece, reafirma e alimenta a mensagem da vinda de Jesus. Enquanto se multiplicam as “profecias” de catástrofes para o fim do mundo em 2012, pelo poder do Espírito Santo, vamos proclamar a esperança, trabalhando juntos em seis frentes de ação:

Reavivamento e reforma. Nosso desafio é levar cada membro da igreja a buscar a Deus na primeira hora do dia, clamando pelo batismo do Espírito Santo. Vamos fazer isso através do Seminário de Enriquecimento Espiritual e Jornada Espiritual. No dia 10 de março, envolveremos a igreja em um programa de jejum e oração. Nesse dia, o sermão será pregado via satélite, pelo pastor Ted Wilson, presidente mundial da igreja.

Impacto Esperança. A meta é distribuir pelo menos 25 milhões de livros A Grande Esperança, no dia 24 de março. Vamos entregar um livro em cada casa de nosso território, seguindo o mapa, a fim de que ninguém fique de fora. No fim do dia, reúna a igreja para uma cerimônia de celebração e apresentação de testemunhos. Devemos unir a esse trabalho a distribuição do livro O Grande Conflito, que é a obra completa e estará disponível a preços acessíveis. Trabalharemos também através da internet. Queremos distribuir dez milhões de livros online. Acesse os siteswww.esperanca.com.br www.esperanzaweb. com, para obter mais informações. Também no dia 24 de março, será realizado o conhecido projeto “Vidas por Vidas”, envolvendo jovens no serviço à comunidade, por meio da doação de sangue e medula óssea.

Amigos da esperança. Cada membro da igreja deve ser motivado a convidar um amigo para uma

programação especial na igreja, no dia 31 de março. Esse programa acontecerá uma semana após o “Impacto esperança”. Todas as campanhas precisam estar ligadas, a fim de que haja continuidade e uma colheita especial.

Semana Santa. Será realizada nos dias 1 a 8 de abril, começando preferencialmente nos lares e encerrando-se no fim de semana (sexta-feira a domingo) na igreja. A continuidade desse movimento precisa acontecer através dos pequenos grupos, classes bíblicas e duplas missionárias.

Evangelismo via satélite. Esse será o fechamento do programa, com a participação do pastor Alejandro Bullón, nos dias 3 a 10 de novembro (a partir de Lima, Peru) e 17 a 24 de novembro (a partir de São Paulo).

Plantio de novas igrejas. Cada distrito pastoral deve estar comprometido com o plantio de uma igreja durante o ano. Participe da cada passo desse movimento. Sob o poder do Espírito Santo, vamos entregar um livro em cada casa, ajudando assim a apressar o dia de irmos para nossa verdadeira casa, para reafirmar o compromisso de avançarmos todos juntos no cumprimento da missão. Será maravilhoso se pudermos ver Cristo voltando em nossa geração!

Pr.Erton Kohler

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

O que se passa em Portugal?


Desde a terceira semana de janeiro de 2012 estamos recebendo notícias de arrocho legal contra os guardadores do sábado, em Portugal. Estamos em nosso site divulgando desde quase um ano sobre a iminência de uma crise econômica muito forte, a 3ª depressão na economia global. Os países adiantados estão, de forma inédita, em gravíssima crise econômica em tempos de relativa paz. E aos poucos se justificam medidas drásticas para salvar as economias e os empregos. Os sindicatos irão aliar-se nessa luta pela sobrevivência. E o sábado será atacado. Começou em Portugal, um país onde a Inquisição foi forte, assim como na Espanha, Itália e França. 

O governo português tomou uma decisão, que tornou legal, com apoio dos sindicatos, que os empresários lá poderão convocar os trabalhadores em 25 sábados ao ano, sem pagamento de hora extra. Agora o sábado é um dia normal de trabalho, como os dias que o antecedem.

Com agirão os que guardam o sábado, nesse país? Deverão começar a viver pela fé. É a sacudidura mais forte iniciando.

Elen G. White explica que haveria 4 estratégias de satanás contra a Igreja Adventista, antes do fim. Estamos explicando isso de forma simplificada, mas podem ler na próxima inserção, a que segue essa, sob o título “Ciladas de satanás” (ver abaixo). Ali entenderão sobre essas quatro estratégias. É preciso ler bem, pois a irmã White não usa esses termos.

As quatro estratégias são:

1ª) mornidão, ou mundanismo: manter a igreja voltada para o mundo, de modo que ela morna e não conclua nunca a pregação do evangelho;

2ª) opressão, caso a igreja se reaviva (o que acontece desde 2009, por iniciativa do Pr Ted Wilson), e inicie a pregação do Alto Clamor (também a igreja já está crescendo na pregação de verdades que incomodam Babilônia), ensine sobre o verdadeiro dia de guarda, virá a opressão, para tornar impossível a santificação do sábado (é isso que está acontecendo em Portugal);

3ª) decreto dominical, caso a opressão não intimide os guardadores do sábado, então vem o decreto dominical;

4ª) decreto de morte, último recurso, o mais radical, contra o povo de DEUS. Essa estratégia antecede a sétima praga, e é um ato de vingança diante da iminente derrota de satanás e seus aliados, mas será sem efeito prático, pois nenhum santo será morto.

É importante que entendamos o que se passa pelo mundo. Mas muito mais importante é o preparo para permanecermos em pé e não sermos sacudidos da igreja em direção ao mundo.

Segundo é indicado no rodapé da página, esse capítulo foi publicado originaria-mente no ano 1884, em The Spirit of Prophecy, vol. 4, escrito para a Igreja. Quando Ellen White planejou a apresentação do relato que agora constitui a "Série do Conflito dos Séculos", a qual poderia ser divulgada entre o povo em geral, ela resolveu omitir da edição ampliada de O Grande Conflito, publicada em 1888, alguns trechos escritos es-pecialmente para a Igreja. Ela reconhecia que algumas coisas, que podiam ser ditas apropriadamente para a Igreja, não seriam tão apropriadas para os que não eram mem-bros da Igreja.

Ao se aproximar o povo de Deus dos perigos dos últimos dias, faz Satanás ardo-rosa consulta com seus anjos quanto ao plano de maior êxito no sentido de lhes trans-tornar a fé. Vê que as igrejas populares já estão sendo embaladas para dormir, pelo seu poder enganador. Por meio de agradáveis enganos e mentirosas maravilhas, pode ele continuar a conservá-los sob o seu domínio. Dirige portanto seus anjos para que lancem suas ciladas especialmente para os que aguardam o segundo advento de Cristo e se estão esforçando por observar todos os mandamentos de Deus.

Diz o grande enganador: "Devemos vigiar aqueles que estão chamando a atenção do povo para o sábado de Jeová; eles levarão muitos a ver as exigências da lei de Deus; e a mesma luz que revela o verdadeiro sábado, revela também a missão de Cristo no santuário celestial, e revela que a última obra para a salvação do homem está agora indo avante. Conservai nas trevas a mente do povo até que esta obra termine, e teremos conseguido o mundo e a igreja também.

"O sábado é a grande questão que deve decidir o destino de almas. Devemos exaltar o sábado criado por nós. Temos feito com que ele seja aceito tanto pelos munda-nos como pelos membros da igreja. Deve agora a igreja ser levada a unir-se com o mundo em sua defesa. Devemos trabalhar por meio de sinais e maravilhas para lhes cegar os olhos quanto à verdade, e levá-los a pôr de lado a razão e o temor de Deus e a seguir os costumes e tradições.

"Influenciarei os pastores populares a desviar dos mandamentos de Deus a aten-ção dos ouvintes. Aquilo que as Escrituras declaram ser uma perfeita lei de liberdade, será representado como um jugo de servidão. O povo aceita as explanações das Escritu-ras de seus pastores, e não estuda por si mesmo. Portanto, atuando por meio de seus pastores, posso dominar o povo de acordo com a minha vontade.

"Mas nossa principal preocupação é silenciar esta seita de observadores do sába-do. Devemos despertar contra eles a indignação popular. Alistaremos ao nosso lado grandes homens e homens sábios segundo o mundo, e induziremos aos que estão em autoridade a executar os nossos propósitos. Então o sábado que eu estabeleci será força-do pelas leis mais severas e obrigatórias. Os que as desrespeitarem, serão tocados das cidades e vilas e levados a passar fome e privação. Uma vez que tenhamos o poder, mostraremos o que podemos fazer com os que não se desviam de sua fidelidade a Deus. Levamos a igreja romana a infligir prisão, tortura e a morte àqueles que recusavam seguir aos seus decretos; e agora que estamos pondo as igrejas protestantes e o mundo em harmonia com esse braço direito de nossa força, finalmente termos uma lei para exter-minar a todos os que não se submeterem à nossa autoridade. Quando se fizer da morte a penalidade da violação do nosso sábado, então muitos dos que agora estão nas fileiras dos observadores dos mandamentos, passarão para o nosso lado.

"Mas antes de adotarmos estas medidas extremas, devemos exercer toda a nossa sabedoria e sutileza para enganar os que honram o verdadeiro sábado e engodá-los. Po-demos separar muitos de Cristo, pela mundanidade, luxúria e orgulho. Podem julgar-se salvos porque crêem na verdade, mas a condescendência com o apetite, as paixões mais baixas que confundirão o juízo e destruirão o discernimento, causar-lhes-ão a queda.

"Ide, fazei com que os donos de terras e de dinheiro se embriaguem com os cui-dados desta vida. Apresentai o mundo diante deles em sua mais atraente luz, que acu-mulem o seu tesouro aqui, e fixem sua atenção sobre as coisas terrenas. Devemos fazer o máximo para evitar que os que trabalham na causa de Deus obtenham meios para usar contra nós. Conservai o dinheiro em nossas próprias fileiras. Quanto mais dinheiro obti-verem, tanto mais prejudicarão nosso reino tirando de nós os nossos súditos. Fazei com que se preocupem mais com o dinheiro do que com a edificação do reino de Cristo e a disseminação das verdades que odiamos, e não precisamos temer-lhes a influência, pois sabemos que toda a pessoa egoísta e cobiçosa cairá em nosso poder, e finalmente se separará do povo de Deus.

"Por meio daqueles que têm uma forma de piedade, mas não lhe conhecem o poder, podemos ganhar muitos que de outra maneira nos causariam grande mal. Os mais amantes dos prazeres do que amantes de Deus, serão os nossos mais eficientes auxiliares. Os que pertencem a essa classe, forem mais aptos e inteligentes, servirão de chamariz para atrair outros para as nossas ciladas. Muitos não lhes temerão a influência, porque professam a mesma fé. Levá-los-emos então a concluir que as reivindicações de Cristo são menos estritas do que uma vez creram, e que pela conformação com o mundo exercerão maior influência sobre os mundanos. Assim se separarão de Cristo; então não terão forças para resistir ao nosso poder, e dentro de pouco tempo estarão prontos para ridicularizar o seu antigo zelo e devoção.

"Enquanto não for dado o grande golpe decisivo, devem nossos esforços contra os observadores dos mandamentos ser incansáveis. Devemos estar presentes em todos os seus ajuntamentos. Especialmente em suas grandes reuniões, nossa causa muito sofrerá, e devemos exercer grande vigilância, e empregar todas as nossas artes sedutoras para evi-tar que as almas ouçam a verdade e por ela sejam impressionadas.

"Terei no terreno, como meus agentes, homens que mantenham falsas doutrinas misturadas com justamente suficiente verdade para enganar almas. Também terei pre-sentes pessoas incrédulas, que expressarão dúvidas quanto às mensagens de advertência do Senhor à Sua igreja. Lesse o povo e cresse essas admoestações, e pouca esperança poderíamos ter de vencê-los. Mas se pudermos desviar-lhes a atenção dessas advertên-cias, permanecerão ignorando nosso poder e sagacidade, e finalmente os ganharemos para as nossas fileiras. Deus não permitirá que Suas palavras sejam menosprezadas im-punemente. Se pudermos conservar as almas enganadas durante algum tempo, retirar-se-á a misericórdia de Deus, e Ele as abandonará ao nosso completo domínio.

"Temos de causar lutas e divisões. Temos de destruir a ansiedade deles por sua própria alma e levá-los à crítica, aos juízos temerários, acusando e condenando-se uns aos outros, a idolatrar o egoísmo e a inimizade. Por causa destes pecados, Deus baniu-nos de Sua presença; e todos quantos seguirem o nosso exemplo terão sorte idêntica."

(Testemunhos para ministros e obreiros evangélicos, cap. 66 no CD, p. 472 a 475).

Todos Devem Representar a Cristo

Todos os que assim falsamente representam a Cristo estão imprimindo um molde errado à obra; pois encorajam os que com eles estão ligados a fazerem o mesmo. Por amor de sua alma, por amor àqueles que correm o risco de sua influência, devem eles resignar sua posição; pois no Céu aparecerá o registro de que o praticante do mal tem em suas vestes o sangue de muitas pessoas. Ele fez com que alguns ficassem exasperados, de tal modo que abandonaram a fé; alguns se têm imbuído dos seus próprios atributos satânicos, sendo impossível avaliar o dano a eles causado. Somente aqueles que manifestam que seu coração está sendo santificado pela verdade devem ser mantidos em posições de confiança na obra do Senhor” (Testemunhos para ministros e obreiros evangélicos, 262, grifos acrescentados)

As coletas da Igreja de Corinto são indícios da guarda do domingo?


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Como não podia deixar de ser, lá vem o surrado texto de I Cor. 16:2, falso pilar, tão falso quanto os que mais o sejam nessa inglória tentativa de justificar, pela Bíblia, a guarda do domingo. O autor, muita de indústria, valeu-se da versão Almeida comum, que omite a expressão “em casa” consignada no original do texto. Percebendo, porém, que teria que admitir o fato (de as coletas serem reservadas parceladamente em casa), sai-se com esta escápula: “Ora, se cada um pusesse de parte ‘em sua casa’ o dinheiro, teria que ser feita a coleta quando Paulo chegasse e era justamente isto o que ele queria evitar!”

Veremos como isto se pulveriza a um simples sopro da verdade.

Nem haveria necessidade de argumentar, pois o próprio texto de Almeida na Versão Revista e Atualizada no Brasil, com uns grifos que poderíamos pôr, se encarregaria de fulminar a falsidade. Ei-la:

“Quanto à coleta para os santos, fazei vós também como ordenei às igrejas da Galácia. No primeiro dia da semana, cada um de vós ponha de parte, EM CASA, conforme a sua prosperidade, e vá juntando, para que se não façam coletas quando eu for.” (I Cor. 16:1, 2)

Maior clareza não pode haver! Torna-se dispensável qualquer comentário! A simples leitura do texto nos convence de que:

  1. Não se tratava de culto nem de reunião de espécie alguma no primeiro dia da semana;
  2. A coleta não era feita na Igreja;
  3. A coleta não era parte do culto nem se destinava à igreja local;
  4. Era uma separação de dinheiro que cada um devia fazer em sua casa;
  5. Quando Paulo viesse, cada um lhe entregaria o total de sua separação semanal, que Paulo levaria ou mandaria para os crentes pobres de Jerusalém. Não se faria coleta alguma quando Paulo viesse, porquanto esta já fora feita, já estava pronta. Paulo somente a tomaria para encaminhá-la ao seu destino.


Diante da clareza meridiana da Bíblia, não sei em que ficam as afirmações do autor do livro O Sabatismo à Luz da Palavra de Deus.

Notemos no texto a expressão “pôr de parte”, separar, reservar, depois de um balanço na situação, “conforme a prosperidade.” Ora, se se tratasse de coleta feita num culto, Paulo não usaria estas expressões. Notemos mais a demolidora expressão “em casa” que está no texto original, e também nas melhores traduções. Isto liqüida a pretensão de ser a coleta feita na igreja. Notemos ainda a expressão “vá juntando”, o que indica uma acumulação que se formava gradativamente mediante periódicas reservas de dinheiro. Tudo tão claro e concludente!

Por que num “primeiro dia da semana”? Porque com o sábado findava-se a semana. Os cristãos eram previdentes e organizados. Era costume no início da semana logo no seu primeiro dia planejarem suas atividades seculares, considerarem os gastos da semana anterior, anteciparem providências e fazerem provisão dos gastas para a nova semana. Uma questão de contabilidade doméstica. Paulo lhes recomenda que, ao fazerem a costumeira previsão, no início da semana, não se esquecessem de separar, o que fosse possível, em dinheiro para os pobres de Jerusalém, colocando o donativo numa caixa em seus lares. A idéia de culto ou de reunião dominical é completamente estranha ao texto, e seria uma deslealdade à Bíblia forçá-la aqui.

O The Cambridge Bible For Schools and Colleges, autorizado comentário das Escrituras publicado pela “Cambridge University Press” dos prelados da Igreja Anglicana, declara, comentando este texto, que “não podemos inferir desta passagem que os cristãos se reuniam no primeiro dia da semana.”
E prossegue:

” ‘Cada um ponha de lado’, isto é, em casa, no lar, não em reuniões como geralmente se supõe. Ele [Paulo] fala aqui de um costume que havia naquele tempo, de se colocar uma pequena caixa ao lado da cama, e dentro dela se depositavam as ofertas, depois de se fazer oração.”
– Parte “The First Epistle to the Corinthians” editado por J. J. Lias, pág. 164.

Notemos que este comentário é insuspeito, parque é da lavra de ardorosos advogados do repouso dominical.

A seguir, citaremos interessante testemunho católico. O cônego Hugo Bressane de Araújo, em seu opúsculo Perguntas e Respostas, Vol. 1, pág. 23, escreve o seguinte:

Pergunta: Mas dizem os protestantes que S. Paulo manda guardar o domingo?

Resposta: Não. S. Paulo, na I Epístola aos Coríntios, cap. XVI, só ordena que se faça uma coleta para os pobres no primeiro dia da semana; eis as palavras do Apóstolo: verso 2.º: ‘Ao primeiro dia da semana, cada um de vós ponha de parte alguma coisa em casa, guardando assim o que bem lhe parecer, para que se não façam as coletas quando eu chegar.’

Porventura esta determinação do Apóstolo acerca das esmolas para os pobres de Jerusalém anula o preceito sobre a observância do sábado?” – Edições 1931, págs. 23 e 24 

Este comentário também é insuspeito, par ser de origem da instituição responsável pela observância dominical religiosa.

Alinhemos ainda alguns testemunhos de pessoas guardadoras do domingo:

Sir William Domville, em seu livro The Sabbath, entre outras considerações diz: “É estranho que um texto que nada diz a respeito de qualquer reunião para qualquer propósito, venha a ser usado para provar um costume de reunir com finalidades religiosas!”

“Se é insustentável inferir do texto um costume de reunir – pois nele não se menciona reunião alguma – parece ainda mais insustentável, e mais incoerente inferir dele… Que a ordem de reservar um donativo em casa signifique que o mesmo deveria ser dado na igreja.”

“A tradução em nossas Bíblias comuns é exatamente como a original: ‘Cada um de vós ponha de parte em casa’. Uma tradução ainda mais literal da palavra original thesaurizon (acumulando), mostra de modo mais claro que cada irmão contribuinte devia ir ajuntando por si mesmo, e não entregar a oferta de semana em semana a uma outra pessoa.”
– The Sabbath, págs. 101-104.

Diz Neander:

“Contudo não podemos de modo algum ver aqui qualquer observância especial do dia, como afirma Osiander.”

John Peter Lange, outro comentarista muito citado, conclui:

“A expressão é, pois, conclusiva contra a opinião prevalecente de que a coleta se faria na igreja. Era ela um negócio individual e privado.”

E mais adiante:

” ‘E vá juntando’… Em virtude de todo domingo alguma contribuição ser posta à parte, formaria, sem dúvida uma acumulação.”

Era, sem dúvida, esta “acumulação” que Paulo tomaria e enviaria de uma só vez, já pronta, para Jerusalém.

A Enciclopédia Bíblica (em inglês) de Cheyne and Black, no artigo “dia do Senhor,” comenta esta passagem, chegando à seguinte conclusão:

“Não devemos, no entanto, passar por alto o fato de que a dádiva de cada um devia ser separada particularmente (par hauto) isto é, em seu próprio lar, e não alguma assembléia de adoração.”

Outro fato digno de nota é que, antes do fim do quarto século de nossa era, ninguém se lembrou de valer-se deste texto para pretender corroborar a guarda do domingo. O primeiro a fazê-lo foi Crisóstomo, em sua Homília 43 sobre I Coríntios. No entanto, o próprio Crisóstomo admite que a coleta não se fazia na igreja.

Eis textualmente seu comentário:

“S. Paulo não afirmou que trouxessem suas ofertas à igreja para que não se envergonhassem da pequenez da quantia; mas, ‘aumentando-a aos poucos em casa, que a tragam, quando eu chegar’; por ora, vão juntando, em casa, e façam de suas casas uma igreja e de seu mealheiro um cofre.”

Ao autor do livro que estamos considerando, devolvemos o “argumento” em forma de silogismo:

Premissa maior: O dia em que o crente, em sua casa, põe de parte um donativo para os pobres, é dia de guarda;

Premissa menor: Ora, os crentes em Corinto faziam isso no primeiro dia da semana;

Conclusão: Logo, o primeiro dia da semana é dia de guarda.

Estará certa a premissa maior?
Seria esta a forma de se estabelecer uma doutrina?
Será sincero este modo de proceder com as coisas divinas?
Pensaram acaso os leitores como deveriam sentir-se os crentes de Corinto, se lhes fosse dado saber naquela ocasião, que alguns professos cristãos do século XX haviam de tentar estabelecer a doutrina da guarda do domingo, no simples fato de eles, os crentes coríntios, colocaram moedas em cofres domésticos com a intenção de ajudar os pobres de Jerusalém?

Com certeza estes amigos de Paulo ficariam estarrecidos! E talvez bem aborrecidos também! Falsos pilares! Bolhas de sabão.

Do livro Subtilezas do Erro de Arnaldo B. Christianini 

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

VALE A PENA ESPERAR

“Quando Cristo vier reunir para Si os que foram fiéis, soará a última trombeta, e toda a Terra,
dos cumes das mais altas montanhas aos mais baixos recantos das minas mais profundas, a
ouvirá. Os justos mortos ouvirão o som da última trombeta e sairão de suas sepulturas, para
ser revestidos da imortalidade e encontrar-se com o seu Senhor. Demoro-me com prazer sobre a
ressurreição dos justos, os quais sairão de todas as partes da Terra, de cavernas rochosas,
de calabouços, das covas da Terra, das águas do mar. Ninguém é passado por alto.
Todos ouvirão Sua voz. Eles sairão com regozijo e vitória.”
“Com indizível amor Jesus dá as boas-vindas a Seus fiéis, para o ‘gozo’ do Senhor. O gozo do Salvador
consiste em ver, no reino de glória, as pessoas que foram salvas por Sua agonia e humilhação. Nos
resultados de Sua obra, Cristo contemplará Sua recompensa. Naquela grande multidão que ninguém
pode contar, apresentada como ‘irrepreensíveis, com alegria, perante a Sua glória’, Aquele cujo
sangue nos redimiu e cuja vida nos ensinou, verá o ‘trabalho da Sua alma’ e ‘ficará satisfeito’.”
“Cristo, só Cristo e Sua justiça, obterão para nós um passaporte ao Céu. O coração orgulhoso se
esforça por alcançar a salvação; mas tanto o nosso título ao Céu, como nossa idoneidade para ele,
encontram-se na justiça de Cristo. Para fazermos parte da família celestial,
[Cristo] tornou-Se membro da família humana.”
“Quando os redimidos estiverem perante Deus, responderão ao chamado pessoas que ali estão
por causa dos fervorosos e perseverantes esforços feitos em seu benefício, e das súplicas e intensa
persuasão para que fujam para a Fortaleza. Dessa forma, os que neste mundo têm estado a
cooperar com Deus, receberão a sua recompensa. Quando os portais daquela linda cidade lá do
alto se revolverem nos seus luzentes gonzos, e nela entrarem as hostes que observaram a verdade,
coroas de glória lhes serão colocadas sobre a cabeça, e eles atribuirão a Deus honra, glória e
majestade. E naquela ocasião alguns se aproximarão de vocês, dizendo: ‘Não fossem as palavras
que você me proferiu bondosamente, não fossem suas lágrimas, súplicas e diligentes esforços,
e eu nunca teria visto o Rei na Sua formosura.’ Que recompensa é essa! Quão insignificante
é o louvor de seres humanos nesta vida terrena e transitória, em comparação com as infinitas
recompensas que estão reservadas aos fiéis na futura vida imortal!